O que Pluribus ensina sobre cultura, transparência e bem-estar real
Publicado em 01/12/2025 13h38
3 minutos para leitura
Existe uma cena em Pluribus que incomoda justamente por ser tão familiar: todos parecem felizes demais. A alegria é homogênea, coreografada, quase obrigatória. Porém, quando algo foge do padrão, o sistema tenta corrigir imediatamente.
Se você já viu empresas que tratam a experiência do colaborador (EX) apenas como um conjunto de números bonitos, então sabe exatamente do que estamos falando. Afinal, trata-se daquele tipo de cultura em que tudo parece bem — até que alguém decide olhar com mais atenção.
O relatório Burnout: você está resolvendo o problema certo?, do McKinsey Health Institute, mostrou que 1 em cada 4 trabalhadores no mundo relata burnout com frequência. Por isso, o recado é claro: empresas que tentam resolver mal-estar com ações superficiais não lidam com as causas reais. Entre elas, estão cultura tóxica, sobrecarga, falhas de comunicação e liderança despreparada.
Consequentemente, é totalmente possível ter um NPS interno impecável e, ao mesmo tempo, uma equipe esgotada.
Esse movimento é o paralelo corporativo de Pluribus: a aparência de felicidade mantém o sistema confortável, mas não melhora a vida das pessoas.
O que Pluribus evidencia — e que muitas empresas ainda evitam enxergar — é que não existe cultura saudável sem espaço para emoções reais. Quando o ambiente reforça que “felicidade é a única resposta aceitável”, os colaboradores rapidamente ajustam sua linguagem. A partir disso, surgem sinais conhecidos, como:
respostas “neutras” nas pesquisas;
elogios padronizados;
silêncio incômodo em reuniões importantes;
dados que não combinam com o clima percebido no dia a dia.
Além disso, um estudo com mais de mil trabalhadores mostrou que o bem-estar genuíno, e não o performado, está diretamente ligado à motivação e ao engajamento. Assim, quando a pessoa sente que precisa parecer bem, em vez de estar bem, a conexão com o trabalho se rompe.
Medir EX não é perguntar uma vez por ano: “você está feliz?”. Pelo contrário, envolve compreender:
como as pessoas se relacionam;
onde surgem atritos;
quais comportamentos de liderança fortalecem ou prejudicam o clima;
como processos, metas e decisões impactam a saúde emocional.
Além disso, um estudo da PUC-SP sobre produtividade e satisfação no home office, publicado em 2025, mostrou correlação positiva entre satisfação e performance — mas apenas quando o ambiente não gera estresse crônico.
Portanto, não adianta medir felicidade sem medir o que causa infelicidade.
Ferramentas como o SAP SuccessFactors ajudam justamente a capturar um conjunto mais amplo de sinais. Quando bem configurado, o sistema permite:
acompanhar engajamento de forma contínua;
cruzar clima com movimentações, absenteísmo e performance;
identificar padrões que não aparecem em pesquisas isoladas;
revelar “sinais fracos”, aqueles indícios que antecedem burnout, queda de moral ou risco de turnover.
Pluribus não fala apenas sobre controle emocional. Mais do que isso, alerta para o risco de acreditar demais na própria narrativa.
Cultura saudável não se constrói removendo o desconforto, mas desenvolvendo a capacidade de lidar com ele. A verdadeira experiência do colaborador aparece quando existe espaço para transparência, conversas difíceis e dados que nem sempre agradam, mas que transformam.
Por fim, EX de verdade exige coragem:
coragem para enxergar o que não está no dashboard;
coragem para ouvir o que não aparece na pesquisa de engajamento;
coragem para enfrentar o que a felicidade imposta tenta esconder.
E fique por dentro de todas as novidades da EPI-USE Brasil.
Legal!
Você assinou a nossa Newsletter!
A partir de agora você receberá nossas novidades diretamente no seu e-mail!
Para isso, é importante que você adicione o e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis,
para evitar que nossas mensagens fiquem presas na caixa de spam!
Um abraço,
Equipe EPI-USE Brasil
Opps!
Um erro ocorreu!
Sentimos muito por isso! Tente novamente mais tarde!
Um abraço,
Equipe EPI-USE Brasil